Quantos coletivos tem uma formiga? Não é só formigueiro!

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Quantos coletivos tem uma formiga? Não é só formigueiro!
Descubra quais são os outros termos usados para o coletivo de formigas.

No português, os substantivos coletivos servem para facilitar a comunicação quando queremos falar de um grupo de seres ou coisas semelhantes. Muitas vezes, aprendemos na escola apenas uma forma de se referir a esses grupos. Mas, à medida que a língua é viva e rica, descobrimos que muitos desses coletivos têm mais de uma possibilidade e, em alguns casos, alternativas pouco conhecidas, embora corretas. É o caso das formigas.

A maioria das pessoas conhece o termo formigueiro, que de fato é o mais usado e reconhecido. No entanto, ele não é a única forma de se referir a um grupo de formigas. Há pelo menos outras três palavras possíveis para esse coletivo: carreiro, correição e formigame. Todas são corretas e constam em dicionários respeitados, como o Houaiss e o Michaelis.

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Os coletivos de formiga

1. O tradicional “formigueiro”

Formigueiro é o coletivo mais conhecido e utilizado. É também o mais intuitivo, já que designa a estrutura física onde vivem as formigas. Trata-se de uma sociedade organizada, com funções bem definidas entre os membros da colônia. Ao usar “formigueiro”, nos referimos tanto ao local quanto ao grupo de insetos que o habita.

Exemplos comuns de uso:

  • “O formigueiro cresceu tanto que já alcança a calçada.”
  • “O biólogo monitorava o comportamento das formigas dentro do formigueiro artificial.”

2. “Carreiro”, quando o foco é o movimento

Quantos coletivos tem uma formiga? Não é só formigueiro!

O termo carreiro é menos conhecido, mas bastante específico. Ele é usado para designar aquele alinhamento de formigas que se forma quando elas transportam alimentos ou outros materiais para o ninho. É uma imagem muito presente no cotidiano, especialmente em locais mais próximos da natureza.

Frases com esse coletivo:

  • “Um carreiro cruzava o chão da cozinha em direção ao armário.”
  • “As crianças seguiram o carreiro até encontrar o formigueiro no quintal.”

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3. “Correição”: organização em ação

A palavra correição também é aceita como coletivo de formigas, especialmente quando se quer destacar a organização e o comportamento de trabalho do grupo. É um termo pouco usado, mas traz a ideia de movimento coordenado, como se fosse uma missão coletiva. Remete à ação conjunta, liderada e bem definida.

Alguns exemplos de uso:

  • “A correição invadiu a varanda após a chuva.”
  • “O chão parecia pulsar com a intensa correição de formigas.”

4. “Formigame”: quantidade em massa

Já formigame é uma palavra menos presente no vocabulário popular, mas bastante expressiva. Usada como sinônimo de formigueiro, ela serve para enfatizar a grande quantidade de formigas em um mesmo lugar, especialmente quando há a impressão de que elas tomaram conta de tudo.

Exemplos:

  • “O formigame cercou o pote de mel caído no chão.”
  • “Parecia um tapete vivo de tanto formigame ao redor da árvore.”

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Outros coletivos com múltiplas formas

Esse fenômeno de existirem diferentes coletivos para o mesmo grupo não é exclusivo das formigas. Há outros exemplos interessantes na língua portuguesa que revelam essa variedade pouco conhecida. Veja alguns:

  • Pássaros: além de bando, pode-se dizer revoada, dependendo do contexto.
  • Porcos: o coletivo mais conhecido é vara, mas também existe manada.
  • Cavalos: normalmente se usa manada, mas também é possível encontrar cavalaria quando se fala em contextos militares.
  • Abelhas: o coletivo tradicional é enxame, mas também existem colmeia (quando se refere ao local de moradia) e nuvem, em contextos de migração.

Essa flexibilidade depende do grau de formalidade, da região e do tipo de texto. Em obras literárias, por exemplo, é comum que autores optem por termos menos usuais para dar riqueza ao estilo. Já na linguagem oral ou no jornalismo diário, prevalecem as formas mais conhecidas.

Entender que a língua portuguesa permite mais de uma forma de expressar certos grupos é uma maneira de ampliar o vocabulário e de compreender a diversidade linguística do país. Em contextos educacionais, por exemplo, esse conhecimento pode enriquecer redações e ampliar a capacidade de interpretação de textos.

A variedade de coletivos mostra que até um assunto aparentemente simples, como o nome de um grupo de formigas, pode revelar aspectos profundos da organização social, da observação da natureza e da própria identidade cultural dos falantes do idioma.

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Desde pequena, sempre fui movida por duas paixões: as palavras e o desejo de conhecer o mundo. Me formei em Letras porque escrever sempre foi minha forma favorita de me expressar. Hoje, no Mundo Igual, tenho a sorte de unir isso ao que mais amo: contar histórias sobre viagens, culturas, notícias, dicas e experiências que nos transformam. Gosto do que é simples e verdadeiro. Prefiro uma caminhada no meio do mato a horas em frente à tela. A natureza me acalma, me inspira, e é dela que muitas das minhas ideias nascem. Não sou muito fã de tecnologia, mas acredito que, quando bem usada, ela pode aproximar pessoas e abrir caminhos.Escrevo como quem conversa. Compartilho lugares, curiosidades e tradições com o coração aberto, sempre tentando mostrar que o mundo é feito de encontros, diferenças e aprendizados. E se, de alguma forma, meus textos tocarem alguém ou despertarem a vontade de explorar algo novo, então já valeu a pena.

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