Conheça a história da famosa praia hippie da Grécia, Mátala. Foto: Flickr.
Nos últimos anos, tem havido muito burburinho sobre a famosa praia dos hippies, Mátala. Isso provavelmente está acontecendo principalmente porque as pessoas sempre gostam de voltar ao passado, quando a tecnologia ainda não era como hoje. Especialmente quando observam todo o ódio que prevalece no mundo nos últimos tempos. Sem contar que o cenário atual não é tão animador: aumento de preços a cada ano, fome, guerras, novos vírus têm invadido a nossa geração e isso não é novidade para ninguém.
Mas, qual é a relação entre a praia dos hippies e todo esse caos e miséria que se espalham pelo mundo? Você entenderá melhor quando descobrir o que são os hippies e por que esse movimento foi criado.
Os hippies eram um movimento social e político que surgiu nos Estados Unidos e no Ocidente na década de 1960. O movimento se caracterizava pela oposição aos valores sociais tradicionais, às estruturas de poder estabelecidas, ao materialismo e à guerra, especialmente à Guerra do Vietnã. Eles lutaram pela promoção da paz, liberdade, amor e expressão individual, buscando um estilo de vida mais natural e simples.
Assim, jovens começaram a questionar as convenções sociais, as desigualdades e a ética conservadora. Os hippies rejeitaram a sociedade consumista da época, que promovia o consumismo excessivo e a obsessão pelo progresso material.
Em vez de guerra e violência, o movimento promovia a paz, o amor e a harmonia, usando slogans como “Make love, not war” (Faça amor, não faça guerra).
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Os hippies criaram pequenas comunidades que viviam em contraste com as estruturas sociais dominantes. A ideia de ajuda mútua e vida comunitária era central no modo de vida deles. Uma das maiores e mais conhecidas comunidades de hippies foi formada em Mátala, uma bela praia em Creta, na Grécia.
Gradualmente, ao longo da década de 1960, encontraram em Mátala o cenário natural ideal para viver a “utopia” que basicamente defendia sua filosofia. A praia de Mátala já era habitada desde a antiguidade e ficou famosa como um local de permanência de hippies nas décadas de 1960 e 1970. O vilarejo anteriormente era uma aldeia de pescadores e, hoje, vive principalmente do turismo.
As antigas cavernas escavadas nas rochas, que na Idade do Pedra eram refúgio para leprosos e, mais tarde, um cemitério romano, juntamente com a bela praia com vista para o vasto mar da Líbia, tornaram-se o destino favorito dos jovens inquietos dos anos 60.
As cavernas foram transformadas em residências. Os moradores tentavam tornar sua estadia mais confortável, utilizando tapetes e colchões. No entanto, a estadia não era tão confortável, já que estamos falando de túmulos e não de quartos de hotel.
Esses jovens, anti-convencionais, seja por um curto período de tempo ou para sempre (como pelo menos pensavam), diziam “não” às comodidades da vida moderna, voltando à natureza. Viviam cada dia de forma única, dançando, cantando e fumando.
“Today is life, tomorrow never comes” (Hoje é a vida, amanhã nunca chega), ainda está escrito na parede da praia. Esse slogan reflete de forma simples o significado da vida dos hippies.
Assim, Mátala voltou à tona em 2011, devido ao lançamento de um livro alemão chamado Mythos Matala / The Myth of Matala [Balistier Verlag, Mähringen 2011] de Arn Strohmeyer.
Mátala está localizada na Costa Sul de Creta, na Grécia, a cerca de 70 km ao sudoeste de Heraklion, a maior cidade da ilha. É possível chegar à praia de carro ou de ônibus a partir de Heraklion ou outras cidades de Creta.
A praia é famosa não só pela sua história hippie, mas também pela sua beleza natural e pelas cavernas escavadas nas rochas, que ainda atraem muitos turistas e amantes da história. É um lugar ideal para quem quer relaxar, aprender sobre a história dos hippies e desfrutar de uma experiência única à beira-mar.
Se você estiver viajando para Creta, Mátala é uma visita imperdível para quem busca um pouco de história, tranquilidade e uma bela paisagem.
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