A história da Heineken começa a 16 de dezembro de 1863, quando Gérard Adriaan Heineken, aos 22 anos, comprou a De Hooiberg, a maior cervejaria de Amsterdã na época.
Naquele tempo, Adriaan moveu céus e terra para encontrar as melhores matérias-primas e criar uma receita que o tornaria conhecido em todo o mundo.
Após uma pesquisa minuciosa, Heineken conseguiu fazer um trabalho pioneiro no campo do fermento puro, ou seja, o fermento que não foi processado ou seco.
A diferença, contudo, foi feita em 1886 pelo Dr. Elion, aluno do famoso químico Louis Pasteur, que criou o fermento Heineken A- para Heineken.
Este fermento é, até hoje, a base para a criação do sabor característico da cerveja Heineken, seja ela fermentada na Holanda ou nos outros 22 países onde é produzida.
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Os desafios do Heineken no mercado
No entanto, no final do século XIX, surgiram novas cervejarias concorrentes, o que levou a Heineken a baixar o preço de venda e a investir no setor de consumo no local.
Como resultado, as vendas da Heineken continuaram a aumentar até o início da Primeira Guerra Mundial. Este evento forçou a Heineken a expandir-se para além das fronteiras.
Em 1917, o filho Henry assumiu a direção da empresa e permaneceu como Diretor Geral até 1940. Em 1931, a Heineken deu o seu primeiro passo na Indonésia e, em seguida, expandiu-se para mais países. Causou grande impacto nos EUA, onde teve o maior aumento de vendas.
No entanto, este crescimento da Heineken na América parou na década de 1980.
Os preços elevados combinados com a forte concorrência do setor das importações causaram uma recessão nas vendas da Heineken.
Para entender melhor, quando a Heineken introduziu a cerveja no mercado americano, havia apenas 30 marcas importadas, enquanto em 1980, elas ultrapassavam as 300.
Apesar disso, com a internacionalização e graças a reações inteligentes às mudanças do mercado, a Heineken conseguiu sobreviver e, até hoje, é considerada a terceira maior cervejaria do mundo, atrás da AB InBev, que ocupa o primeiro lugar, e da China Resources Snow Breweries (CR Snow), que detém o segundo lugar.
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Logotipo da Heineken
Mais tarde, o filho de Henry Heineken e neto do fundador Gérard, Freddy, assumiu a empresa e a conduziu a uma nova era de marketing, introduzindo o logotipo da estrela, a cor verde e o “e sorridente”.
O nome “Heineken” é escrito com uma fonte específica e reconhecível usada internacionalmente, com o característico “e” minúsculo que se inclina ligeiramente e dá uma sensação de “sorriso” ao logotipo.
O elemento mais característico é a estrela vermelha de cinco pontas que se encontra acima do nome “Heineken”, adicionada como um símbolo do processo de fermentação da cerveja.
Em épocas mais antigas, a estrela era considerada um “sinal dos cervejeiros”, pois acreditavam que protegia a fermentação de “maus espíritos” e simbolizava os quatro elementos da natureza + o mistério da fermentação.
Esse logotipo e mundialmente conhecido porque desde 1992 Heineken é a patrocinadora oficial da UEFA Champions League o que é um feito de marketing global que se alinha com a gestão de Freddy Heineken.
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A família Heineken enfrenta um sequestro
Em 1983, em Amsterdã, na Holanda, Freddy Heineken e o seu motorista, Ab Doderer, foram sequestrados a plena luz do dia, sob a mira de armas.
O sensacional caso do sequestro do “imperador da cerveja” ocupou a mídia em 1983 e teve um final relativamente feliz, pois as vítimas do sequestro, Heineken e o seu motorista, foram encontradas e resgatadas após três semanas de cativeiro.
Anos depois, a cervejaria original em Amsterdã parou de operar em 1988, mas é mantida como um museu, o Heineken Experience.
Alfred Henry “Freddy” Heineken faleceu a 3 de janeiro de 2002, aos 78 anos, na sua casa em Noordwijk, na Holanda.
Quem é o dono da Heineken hoje?
Atualmente, Charlene de Carvalho-Heineken, filha de Freddy Heineken, possui uma participação significativa e é uma das principais acionistas da Heineken Holding N.V., que detém cerca de 50,05% das ações.
Tecnologia única de fermentação
A Heineken é uma das poucas grandes cervejarias do mundo a utilizar tanques de fermentação horizontais, ao invés dos tanques verticais mais comuns.
Embora os tanques horizontais sejam mais caros e ocupem mais espaço, a empresa insiste neste método, pois ele permite que a lendária Levedura A- da Heineken se acomode no fundo de forma otimizada.
Esse posicionamento específico é muito importante, pois ajuda a criar a pressão perfeita para o processo de fermentação e é um dos segredos que garante o sabor rico, equilibrado e consistente da cerveja em todo o mundo.
