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É do Brasil? Conheça a menor praia do mundo que cabe em uma foto

Enquanto destinos turísticos famosos disputam visitantes com praias extensas, mar cristalino e infraestrutura de ponta, uma faixa de areia quase invisível está ganhando destaque por um motivo diferente: seu tamanho. Localizada a cerca de 2 quilômetros da costa urbana de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, a Ilha da Selinha, também chamada de Ilha Rachada, abriga o que pode ser a menor praia do mundo.

Apesar de quase imperceptível à distância, a ilhota tem chamado a atenção de moradores, turistas e agora das autoridades locais, que pretendem oficializar a curiosidade junto ao Guinness World Records. O local ainda não tem uma medição oficial, mas é descrito por quem o visitou como uma miniatura de praia: uma pequena faixa de areia clara encaixada entre rochas, cercada por Mata Atlântica e banhada por águas limpas.

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A menor praia do mundo? Ela pode ser do Brasil

A praia não tem nome oficial e, até agora, não é possível desembarcar nela. O acesso é feito somente por barco e o desembarque está proibido, tanto para preservar o ambiente quanto por razões de segurança. Essa restrição impõe um desafio técnico à ideia de registrar o local no Guinness: a medição precisa da praia. A prefeitura de Ubatuba, no entanto, já iniciou os trâmites para transformar o espaço em um ponto turístico oficial e estudar alternativas que permitam a medição sem comprometer o ecossistema local.

Segundo a Secretaria de Turismo do município, há planos para desenvolver um roteiro náutico ao redor da ilha, com visitas guiadas e orientação ambiental, sem interferência direta na ilhota. A ideia é valorizar o local sem transformá-lo em alvo de exploração comercial. Ubatuba já é conhecida por suas mais de 100 praias, que variam entre pontos com estrutura completa e áreas de preservação mais isoladas. Com a possível adição de um recorde mundial, a cidade pode atrair novos olhares e diversificar ainda mais sua oferta turística.

A Ilha da Selinha ganhou destaque recentemente após vídeos publicados por exploradores e canais especializados no YouTube, como o do criador Bruno Amir, circularem nas redes sociais. As imagens mostram a pequena praia escondida entre as pedras, com uma areia branca e mar tranquilo, contrastando com os paredões rochosos que dominam a paisagem da ilha.

Outro concorrente disputa o título da menor praia do mundo

Mas Ubatuba não está sozinha nessa disputa. O município de Peruíbe, também no litoral paulista, reivindica o título de menor praia do mundo para outro local: a Praia das Conchas, também conhecida como Praia da Tatuíra. Segundo representantes do Conselho Municipal de Turismo (Contur) da cidade, essa praia teria dimensões ainda menores que a da Ilha da Selinha. A prefeitura de Peruíbe inclusive criou um grupo de trabalho para realizar medições técnicas e avaliar a viabilidade de também registrar o local como a menor praia do planeta.

O embate entre as duas cidades paulistas tem um objetivo claro: atrair turistas por meio de uma curiosidade geográfica. Não se trata de competição pela beleza ou infraestrutura, mas por um marco que pode funcionar como chamariz para um público interessado em experiências diferentes e destinos inusitados.

Segundo o Guinness World Records, a atual menor praia do mundo oficialmente reconhecida é a praia de Gulpiyuri, no norte da Espanha. Com cerca de 40 metros de extensão, ela se localiza no meio de um campo verde e recebe água do mar por meio de cavernas subterrâneas conectadas ao Oceano Cantábrico. Diferente da praia brasileira, Gulpiyuri é acessível por trilhas e atrai milhares de visitantes anualmente.

Caso Ubatuba ou Peruíbe consigam comprovar que possuem uma faixa de areia menor que Gulpiyuri, o título poderá mudar de continente. No entanto, além da medição, o Guinness exige comprovações fotográficas, documentais e critérios de permanência da praia ao longo do ano, o que pode dificultar a homologação em locais onde a maré cobre a areia durante boa parte do tempo.

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A importância desse título

Ilha da Selinha. Imagem: @brunoamirimagens

Para o turismo sustentável, o reconhecimento pode abrir caminho para iniciativas que aliam preservação e divulgação. Ao destacar um local que não pode ser pisado, a cidade reforça a importância da proteção ambiental e da valorização de seus recursos naturais. Tanto Ubatuba quanto Peruíbe fazem parte do bioma da Mata Atlântica, uma das regiões mais biodiversas do mundo e também uma das mais ameaçadas.

No caso da Ilha da Selinha, a vegetação densa que cobre a parte central da ilhota funciona como barreira natural contra grandes intervenções humanas. Além disso, as autoridades locais têm manifestado preocupação em garantir que qualquer ação turística ocorra com planejamento e responsabilidade, evitando repetir erros comuns em outras regiões onde o turismo descontrolado resultou em danos irreversíveis.

A disputa pelo título de menor praia do mundo, ainda que simbólica, abre uma oportunidade para refletir sobre o tipo de turismo que se quer promover no país. Em vez de grandes empreendimentos, a valorização de pequenos espaços e suas histórias pode ampliar o olhar dos visitantes e gerar interesse por trajetos alternativos.

Inclusive, sites, agências de viagem e especialistas em ecoturismo veem com bons olhos essa tendência de promover atrações que vão além do roteiro tradicional. Não se trata apenas de registrar um recorde, mas de mostrar que há beleza e valor também nos detalhes, mesmo quando se trata de uma praia que, à primeira vista, pode parecer só um vão entre pedras.

Cássia

Desde pequena, sempre fui movida por duas paixões: as palavras e o desejo de conhecer o mundo. Me formei em Letras porque escrever sempre foi minha forma favorita de me expressar. Hoje, no Mundo Igual, tenho a sorte de unir isso ao que mais amo: contar histórias sobre viagens, culturas, notícias, dicas e experiências que nos transformam. Gosto do que é simples e verdadeiro. Prefiro uma caminhada no meio do mato a horas em frente à tela. A natureza me acalma, me inspira, e é dela que muitas das minhas ideias nascem. Não sou muito fã de tecnologia, mas acredito que, quando bem usada, ela pode aproximar pessoas e abrir caminhos. Escrevo como quem conversa. Compartilho lugares, curiosidades e tradições com o coração aberto, sempre tentando mostrar que o mundo é feito de encontros, diferenças e aprendizados. E se, de alguma forma, meus textos tocarem alguém ou despertarem a vontade de explorar algo novo, então já valeu a pena.

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