Eles são os mais queridinhos do mundo! 4 livros que quem leu jamais esquece

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Eles são os mais queridinhos do mundo! 4 livros que quem leu jamais esquece
Livros inesquecíveis.

Você gosta de ler? Existem alguns livros que, depois que a gente lê, ficam na nossa memória por muito tempo, são aqueles “queridinhos”. Essas são aquelas obras literárias que ultrapassam a ideia de sucesso passageiro. São livros que resistem ao tempo, tanto porque venderam milhões de exemplares, porque foram adaptados para o cinema, ou simplesmente porque marcaram leitores ao redor do mundo.

4 livros que quem leu nunca esquece

Eles são os mais queridinhos do mundo! 4 livros que quem leu jamais esquece
Veja os livros que recentemente estavam no topo dos queridinhos do momento.

Mesmo com a mudança constante do cenário literário, alguns livros conquistaram o seu posto entre os mais queridos do momento. Entre essas obras, há quatro títulos que chamaram atenção mundial e se mantiveram em destaque por mais de 500 dias. Cada um à sua maneira toca em questões profundas e universais: opressão, identidade, desejo, resistência, memória. Abaixo, conheça cada um deles com mais detalhes.

1. “A Vegetariana”, de Han Kang (2007)

Originalmente publicado na Coreia do Sul, este romance ganhou o Man Booker International Prize em 2016 e chamou atenção pela forma única com que aborda temas como identidade, corpo e liberdade. A história gira em torno de Yeong-hye, uma mulher comum que decide parar de comer carne após um sonho perturbador. A recusa alimentar, no entanto, é apenas o início de uma história de ruptura com os padrões sociais, familiares e até corporais.

Contado por três narradores, o marido, o cunhado e a irmã, o livro mostra como cada um tenta entender ou controlar a transformação de Yeong-hye. Com uma escrita enxuta e poética, Han Kang constrói um retrato inquietante da pressão social sobre o corpo feminino. A obra não fala sobre vegetarianismo e sobre a tentativa de escapar de uma existência que já não faz sentido. Uma recusa silenciosa que, aos poucos, se transforma em desaparecimento simbólico.

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2. “Os Testamentos”, de Margaret Atwood (2019)

Sequência de “O Conto da Aia”, este romance revisita o regime opressor de Gilead anos após os eventos do primeiro livro. Aqui, a história é contada por três mulheres: uma jovem criada dentro do sistema, outra educada fora dele, e uma figura de poder que ajudou a construir o regime e agora enfrenta as consequências.

A narrativa alterna essas vozes com fluidez, revelando um panorama mais amplo de Gilead. Ao invés de oferecer respostas simples ou soluções heroicas, o livro mostra a resistência cotidiana: gestos discretos, pensamentos escondidos, pequenas transgressões. “Os Testamentos” amplia o universo criado por Atwood e mostra como a memória e a experiência podem se transformar em instrumentos de sobrevivência.

A obra ganhou o Booker Prize em 2019 (dividido com Bernardine Evaristo) e consolidou o impacto duradouro do universo distópico criado por Atwood, especialmente em tempos de retrocesso de direitos em diferentes partes do mundo.

3. “A Elegância do Ouriço”, de Muriel Barbery (2006)

Publicado na França, este romance ganhou leitores em diversos países ao contar, de forma sensível, a história de duas moradoras de um mesmo prédio parisiense: Renée, uma zeladora que esconde sua inteligência e amor pela filosofia, e Paloma, uma menina de 12 anos que planeja o suicídio por achar o mundo vazio e superficial.

A narrativa é dividida entre os diários das duas protagonistas, e revela como a amizade inesperada entre elas e um novo vizinho japonês muda silenciosamente o rumo de suas vidas. Com humor contido e reflexões filosóficas sutis, o livro discute temas como autenticidade, preconceito social e o valor dos pequenos gestos.

Com mais de 6 milhões de cópias vendidas e traduzido para mais de 40 idiomas, “A Elegância do Ouriço” se destaca como um romance que fala sobre a beleza daquilo que está escondido, que resiste, que observa o mundo em silêncio.

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4. “O Conto da Aia”, de Margaret Atwood (1985)

Mais de três décadas após sua publicação, este livro voltou aos holofotes com força, especialmente após a adaptação da série televisiva. A história se passa em Gilead, uma sociedade distópica em que as mulheres são divididas por funções rígidas e não têm direitos. A narradora, Offred, é uma aia, destinada à reprodução, e vive sob vigilância constante.

O impacto do livro vem da forma como o horror é apresentado: com calma, com precisão, sem excessos. A protagonista não grita, mas observa, pensa, lembra. O texto é marcado por uma tensão permanente, por uma tentativa contínua de preservar a própria identidade em meio à opressão.

A distopia criada por Atwood não parece mais tão distante. Discussões sobre direitos das mulheres, fundamentalismo religioso e controle sobre o corpo feminino fazem com que o livro continue atual e necessário. A obra já foi traduzida para mais de 40 idiomas e permanece como uma das mais debatidas no cenário literário global.

Esses livros tocam em temas que atravessam culturas. Por exemplo, a opressão, a liberdade, o desejo, dor e a resistência silenciosa. Mesmo sendo escritos em contextos diferentes, da Coreia à França, do Canadá ao mundo, conseguem provocar identificação em leitores diversos, e é isso que explica sua permanência por tantos dias nas listas de mais vendidos e mais comentados.

Para quem nos acompanha aqui no site Mundo Igual, esses livros também dialogam com a essência do nosso espaço: refletir sobre a condição humana, expor desigualdades, valorizar o que é autêntico e abrir caminhos para o entendimento mútuo. São leituras que não se encerram na última página, na verdade, elas persistem na memória como parte de uma conversa maior sobre o que é ser humano, e sobre o que escolhemos lembrar, esquecer ou transformar.

Agora, contem para a gente, algum desses livros mais queridinhos do mundo é também o seu favorito?

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Desde pequena, sempre fui movida por duas paixões: as palavras e o desejo de conhecer o mundo. Me formei em Letras porque escrever sempre foi minha forma favorita de me expressar. Hoje, no Mundo Igual, tenho a sorte de unir isso ao que mais amo: contar histórias sobre viagens, culturas, notícias, dicas e experiências que nos transformam. Gosto do que é simples e verdadeiro. Prefiro uma caminhada no meio do mato a horas em frente à tela. A natureza me acalma, me inspira, e é dela que muitas das minhas ideias nascem. Não sou muito fã de tecnologia, mas acredito que, quando bem usada, ela pode aproximar pessoas e abrir caminhos.Escrevo como quem conversa. Compartilho lugares, curiosidades e tradições com o coração aberto, sempre tentando mostrar que o mundo é feito de encontros, diferenças e aprendizados. E se, de alguma forma, meus textos tocarem alguém ou despertarem a vontade de explorar algo novo, então já valeu a pena.

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