Hoje em dia, fazemos quase tudo online. Compras, pagamentos, conversas, trabalho. Mas, com tanta atividade digital, a segurança se tornou mais importante do que nunca. E, uma das ameaças mais sorrateiras nesse cenário é o keylogger, um tipo de vírus que registra tudo o que você digita no teclado.
Parece coisa de filme, mas é real. E o pior: muitas vezes, a vítima nem percebe que está sendo monitorada. Aqui você vai entender como esse tipo de malware funciona, como ele se instala no seu dispositivo e, principalmente, o que fazer para se proteger.
O que é um keylogger?
Keylogger é um programa espião que grava todas as teclas digitadas em um dispositivo. Isso inclui senhas, dados bancários, mensagens, e-mails e qualquer outra informação que você insira usando o teclado. Depois de coletar esses dados, o programa envia tudo para a pessoa que o instalou — geralmente um criminoso virtual.
Existem dois tipos principais de keyloggers: os físicos e os digitais. Os físicos são dispositivos pequenos, conectados entre o teclado e o computador. Já os digitais (os mais comuns hoje) são programas maliciosos instalados de forma invisível no sistema.
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Como esse vírus entra no seu dispositivo?

O keylogger pode se infiltrar no seu computador ou celular de diversas maneiras:
- E-mails falsos (phishing): mensagens com links ou anexos perigosos que, ao serem abertos, instalam o programa no seu dispositivo.
- Downloads em sites não confiáveis: arquivos de origem duvidosa, principalmente piratas ou gratuitos, muitas vezes vêm com esse tipo de malware escondido.
- Dispositivos USB infectados: pen drives, HDs externos ou até teclados com vírus podem transferir o keylogger para o computador.
- Aplicativos ou programas falsos: aplicativos que parecem legítimos, mas são criados para espionar o usuário.
- Exploração de falhas no sistema: softwares desatualizados podem ter brechas que facilitam a instalação de keyloggers sem que você perceba.
Como saber se você foi infectado?
Nem sempre é fácil identificar a presença de um keylogger, mas alguns sinais podem levantar suspeitas:
- Seu dispositivo está mais lento que o normal.
- Programas travam com frequência.
- A digitação aparece com atraso na tela.
- Novos programas aparecem sem você ter instalado.
- Seu antivírus está desativado ou apresenta erros.
Se notar um ou mais desses sintomas, vale a pena fazer uma varredura completa com um antivírus confiável.
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Como se proteger?
Felizmente, existem formas simples e eficazes de se prevenir. Antes de mais nada, mantenha tudo atualizado. Sistemas operacionais, navegadores e programas precisam estar sempre com as últimas versões de segurança.
Além disso, use um antivírus confiável. Soluções como Avast, Kaspersky, Bitdefender e Norton continuam entre as mais recomendadas para detectar e bloquear keyloggers. Prefira as versões pagas, que oferecem proteção em tempo real e contra ameaças avançadas.
Evite clicar em links suspeitos. Sempre desconfie de mensagens urgentes ou promoções boas demais para serem verdade. E, se tiver dúvida, não clique.
Tome cuidado com o que você instala, baixe programas apenas de sites oficiais ou lojas confiáveis, como a App Store ou a Google Play.
Outra dica é evitar usar a mesma senha em mais de um site, ou dispositivo. Usar senhas fortes também é essencial, prefira combinações difíceis e ative a autenticação em duas etapas sempre que possível.
Por fim, não use Wi-Fi público para acessar informações sensíveis, pois redes abertas podem ser monitoradas por hackers. E, se não iver jeito, use uma VPN se precisar acessar dados pessoais fora de casa.
Keyloggers são perigosos, mas você pode se proteger
Ninguém está 100% imune, mas com atenção e alguns cuidados, dá para reduzir bastante o risco. Keyloggers continuam sendo uma das formas mais usadas para roubo de dados pessoais, especialmente em golpes financeiros e espionagem digital.
Apesar de dos ataques estarem mais sofisticados, as ferramentas de proteção também evoluíram. E, se você acredita que pode ter sido vítima, o ideal é desconectar seu dispositivo da internet, rodar uma verificação completa com um antivírus e, se possível, restaurar o sistema para um ponto anterior.
Sua segurança online começa com hábitos simples. E, como diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar.