Em 2024, chegou aos cinemas um dos filmes mais esperados pelos fãs da música: “Back to Black”, a cinebiografia de Amy Winehouse, uma das vozes mais marcantes das últimas décadas.
Com direção de Sam Taylor-Johnson, o longa nos leva por uma viagem sensível pela vida e carreira da cantora britânica, explorando desde os primeiros passos até os momentos mais conturbados de sua trajetória.
Quem dá vida a Amy no filme é a atriz Marisa Abela, conhecida por sua atuação na série “Industry”.
E o desafio não era pequeno.
Recriar uma figura tão intensa e autêntica exigia mais do que uma boa performance – pedia emoção verdadeira.
E é isso que o público encontra.
Em uma das cenas do trailer, Abela, como Amy, diz: “Eu não escrevo músicas para ser famosa. Escrevo porque não saberia o que fazer se não escrevesse”. Essa frase resume bem o espírito do filme e da própria artista.
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Um retrato íntimo e honesto em ‘Back to Black’
“Back to Black” foca nos anos em que Amy viveu em Londres, no início dos anos 2000. Foi nessa fase que ela deu os primeiros passos no mundo da música, misturando jazz, soul e R&B com um estilo pessoal que logo chamaria a atenção de todos.
O filme mostra como ela transformou experiências pessoais em músicas que tocavam fundo em quem ouvia.
Além da trajetória profissional, o longa também mostra sua relação com a família e o conturbado casamento com Blake Fielder-Civil, interpretado por Jack O’Connell.
Outros nomes no elenco incluem Eddie Marsan, como seu pai, Juliet Cowan no papel da mãe e Lesley Manville como a avó, com quem Amy tinha uma relação muito próxima.
Amy além das manchetes
Amy Winehouse ficou conhecida pela voz potente e pelo estilo retrô. Além disso, foi marcada pelas polêmicas.
Ela enfrentou vícios, dificuldades emocionais e uma exposição exagerada da mídia, o que acabou ofuscando, por vezes, sua arte.
Em 2011, aos 27 anos, Amy morreu por intoxicação alcoólica. A notícia chocou o mundo. Mas, acima de tudo, deixou um sentimento de perda profunda.
Mesmo depois de sua morte, Amy continuou presente no imaginário coletivo. Documentários como o premiado “Amy” (2015), que venceu o Oscar, e o telefilme “Reclaiming Amy” (2021), produzido pela BBC, tentaram mostrar quem ela era de verdade.
Mas “Back to Black” é o primeiro longa de ficção a contar sua história nos cinemas.
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A herança de uma artista única
Amy Winehouse nasceu em 1983, em Londres, e cresceu em uma família apaixonada por música. Desde cedo mostrou talento.
Seu primeiro álbum, “Frank” (2003), foi bem recebido, mas foi o segundo disco, “Back to Black” (2006), que a consagrou. Com ele, Amy conquistou cinco prêmios Grammy, algo histórico para uma artista britânica.
Suas canções falavam de amor, dor, perdas e vícios com uma honestidade rara. Músicas como “Rehab”, “You Know I’m No Good” e a própria “Back to Black” viraram hinos de uma geração.
Hoje, artistas do mundo inteiro citam Amy como inspiração. Ela abriu espaço para mulheres que cantam sobre suas verdades sem medo.
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Cultura, música e emoção na telona
Aqui no site Mundo Igual, gostamos de destacar histórias que fazem parte do nosso tempo e ajudam a entender o mundo à nossa volta.
E o filme “Back to Black” é exatamente isso: uma forma de olhar para uma artista que marcou uma geração, mas também para temas importantes como saúde mental, pressão midiática e a sensibilidade dos artistas.
Assistir ao filme é mais do que lembrar de Amy. É refletir sobre o que valorizamos, sobre como tratamos quem nos emociona com sua arte.
Amy Winehouse foi única. E agora, com “Back to Black”, sua história pode alcançar novas pessoas, em uma homenagem cheia de emoção e respeito.