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Qual é o maior aeroporto do mundo? Veja seu terminal gigante

Viajar passou a ser o sonho e a realidade de muita gente. Com as redes sociais bombando cheias de fotos e imagens de lugares incríveis, se tornou quase impossível não querer “pegar um vôo” e partir. Mas, você já se perguntou qual é o maior aeroporto do mundo?

Localizado ao sul de Pequim, na China, o Aeroporto Internacional de Beijing Daxing chama atenção pelo tamanho, estrutura e logística.

Com uma área construída de 700 mil metros quadrados, ele ostenta o título de maior aeroporto do mundo com um único terminal. Sua construção foi finalizada em apenas cinco anos, e a operação já se aproxima da marca de 100 milhões de passageiros ao ano, um número que coloca o Daxing entre os mais movimentados do mundo.

Mas o tamanho não é o único fator que torna esse aeroporto tão singular. Seu planejamento, execução e integração com a malha urbana e ferroviária refletem uma tendência crescente na China: desenvolver infraestrutura em larga escala para responder ao ritmo acelerado de crescimento das cidades e ao aumento da demanda por transporte eficiente.

A obra, pensada para funcionar como uma engrenagem central no desenvolvimento da região da Grande Pequim, também é um exemplo do poder de execução e organização do país.

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Planejado para ser funcional desde o início

Arne Müseler / www.arne-mueseler.com, CC BY-SA 3.0 DE, via Wikimedia Commons.

O projeto arquitetônico do Daxing foi assinado pelo escritório da arquiteta Zaha Hadid, que já era conhecida por obras com formas fluidas e ousadas. Em parceria com engenheiros locais, o desenho seguiu um formato radial, como uma estrela de cinco pontas.

Cada “braço” do terminal se conecta a um núcleo central, o que reduz o tempo de deslocamento dos passageiros: nenhum portão de embarque fica a mais de 600 metros do centro. Isso permite que mesmo em um terminal gigantesco, a experiência do passageiro seja mais ágil e menos desgastante.

A planta do edifício foi pensada para facilitar tanto o embarque quanto a movimentação de bagagens. O sistema automatizado conta com 40 quilômetros de esteiras, permitindo maior agilidade no processamento das malas. O teto translúcido com claraboias favorece a entrada de luz natural, reduzindo o consumo de energia e criando um ambiente mais confortável para quem circula pelo espaço.

Transporte conectado com precisão

Outro ponto estratégico do Daxing é sua conexão com diferentes modais de transporte. O aeroporto está diretamente ligado a uma linha de trem-bala que chega ao centro de Pequim em cerca de 20 minutos, além da Linha 20 do metrô da capital e de terminais rodoviários para ônibus urbanos e fretados.

Isso significa que tanto passageiros locais quanto os que chegam de outras cidades podem acessar o terminal com facilidade, sem depender exclusivamente de automóveis particulares ou táxis.

Esse tipo de integração favorece o passageiro e a distribuição de cargas e mercadorias, o que torna o aeroporto uma peça-chave no fluxo logístico da região. Com isso, o Daxing não funciona só ‘como um ponto de entrada e saída de voos, mas como um polo que movimenta a economia local.

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Crescimento previsto e metas ambiciosas

Desde sua inauguração, em setembro de 2019, o aeroporto vem aumentando gradualmente sua capacidade de operação. Em 2023, movimentou cerca de 52 milhões de passageiros, mesmo com os efeitos ainda perceptíveis da pandemia de COVID-19.

A meta é atingir 100 milhões até o fim da década. Para fins de comparação, o Aeroporto de Atlanta (EUA), considerado o mais movimentado do mundo, recebeu pouco mais de 104 milhões de pessoas no mesmo ano.

A projeção chinesa não parece fora da realidade. A aviação no país está em plena expansão e o Daxing é um dos principais hubs de companhias como a China Southern Airlines e a China Eastern. A localização estratégica ainda permite fácil conexão com destinos na Ásia, Europa e América, o que amplia sua função como ponto de transferência internacional.

Uma obra que movimenta mais do que passageiros

Durante o pico da construção, mais de 40 mil trabalhadores atuaram simultaneamente. A obra envolveu centenas de fornecedores, uso de materiais pré-fabricados e ferramentas digitais como modelagem 3D (BIM), o que possibilitou que o cronograma fosse cumprido sem atrasos.

Mas os impactos vão além da construção. O Daxing está inserido em um plano mais amplo chamado “Grande Área da Capital”, que envolve as cidades de Pequim, Tianjin e Xiong’an. O aeroporto tem potencial para gerar mais de 500 mil empregos diretos e indiretos, segundo estimativas do governo chinês, além de movimentar cerca de 250 bilhões de yuans (equivalente a mais de R$ 175 bilhões) por ano em serviços ligados a turismo, logística e comércio.

A história do Daxing toca em um ponto importante para a realidade de muitos centros urbanos no mundo: como atender a demandas crescentes de mobilidade com soluções planejadas, sustentáveis e eficazes. Embora poucos países tenham os recursos e a escala da China, o princípio da integração entre modais, da construção com eficiência energética e do uso inteligente de espaço pode ser adaptado a diferentes contextos.

No Brasil, por exemplo, a discussão sobre ampliação e modernização de aeroportos segue sendo um tema relevante, especialmente nas regiões metropolitanas. O caso do Daxing mostra que pensar grande não precisa significar pensar complicado, desde que haja planejamento coordenado entre governo, engenharia e urbanismo.

O Aeroporto Internacional de Beijing Daxing pode ser visto, assim, como uma peça moderna de mobilidade coletiva em larga escala. Um lugar que, embora distante, oferece lições práticas e possíveis para o mundo todo.

Cássia

Desde pequena, sempre fui movida por duas paixões: as palavras e o desejo de conhecer o mundo. Me formei em Letras porque escrever sempre foi minha forma favorita de me expressar. Hoje, no Mundo Igual, tenho a sorte de unir isso ao que mais amo: contar histórias sobre viagens, culturas, notícias, dicas e experiências que nos transformam. Gosto do que é simples e verdadeiro. Prefiro uma caminhada no meio do mato a horas em frente à tela. A natureza me acalma, me inspira, e é dela que muitas das minhas ideias nascem. Não sou muito fã de tecnologia, mas acredito que, quando bem usada, ela pode aproximar pessoas e abrir caminhos. Escrevo como quem conversa. Compartilho lugares, curiosidades e tradições com o coração aberto, sempre tentando mostrar que o mundo é feito de encontros, diferenças e aprendizados. E se, de alguma forma, meus textos tocarem alguém ou despertarem a vontade de explorar algo novo, então já valeu a pena.

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