Você já se perguntou por que algumas pessoas veem o ano bissexto como sinônimo de má sorte? Talvez seja porque certos acontecimentos marcantes da história aconteceram justamente em anos assim.
O Titanic afundou em 1912. Gandhi foi assassinado em 1948. Martin Luther King também perdeu a vida em 1968. John Lennon, em 1980. Tudo isso em anos bissextos.
Coincidência? Pode ser. Mas muita gente ainda associa esses anos a momentos difíceis.
Mesmo com essa fama, o ano bissexto tem um papel muito importante. E entender o porquê disso nos ajuda a ver que talvez ele não mereça essa reputação.
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O que é, afinal, um ano bissexto?
Um ano bissexto é aquele que tem um dia a mais: o famoso 29 de fevereiro. Esse pequeno ajuste acontece para corrigir uma diferença entre o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol e o número de dias do nosso calendário.
Parece complicado, mas é simples: a Terra não leva exatamente 365 dias para completar uma volta ao redor do Sol. Ela precisa de 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos.
Se ignorássemos essas horas extras, com o tempo, as estações do ano iriam se desencontrar do calendário. Imagine celebrar o Natal no verão ou o Carnaval no inverno?
Para evitar esse descompasso, lá atrás, em 46 a.C., o imperador Júlio César decidiu adicionar um dia a mais a cada quatro anos. Foi assim que surgiu o primeiro modelo de ano bissexto. E ele escolheu o fim de fevereiro para isso, já que, para os romanos, esse era o último mês do ano.
Mais tarde, no século XVI, o papa Gregório XIII percebeu que ainda havia um pequeno erro de cálculo e propôs uma nova fórmula. Desde então, seguimos o chamado calendário gregoriano, que é usado até hoje.
Pela regra atual, o ano precisa ser divisível por 4 para ser bissexto, mas se for divisível por 100, não é, a menos que também seja por 400.
Parece confuso, mas funciona bem. O ano 2000, por exemplo, foi bissexto. Já 2100 não será.
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E o próximo ano bissexto?
Como estamos em 2025, que não é um ano bissexto, o próximo 29 de fevereiro só vai aparecer em 2028. Ou seja, temos mais três anos pela frente até vermos esse dia diferente no calendário de novo.
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Existe ligação com astrologia?
Sim, e tem tudo a ver com manter os ciclos do Sol alinhados com o nosso calendário. A astrologia considera os movimentos do Sol, da Lua e dos planetas para entender comportamentos e traços das pessoas. Cada signo está ligado a uma época específica do ano.
Por exemplo, quem nasce entre 21 de março e 20 de abril é de Áries. Isso acontece porque esse período marca o equinócio da primavera no Hemisfério Norte, quando o dia e a noite têm a mesma duração.
É aí que o Sol entra simbolicamente no signo de Áries, segundo o chamado zodíaco tropical, que se baseia nas estações e não nas estrelas.
O ano bissexto ajuda a manter esse alinhamento. Sem ele, os signos e as datas poderiam sair do lugar com o passar dos séculos.
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E os mitos? De onde vem essa ideia de azar?
Além dos eventos históricos trágicos que aconteceram em anos bissextos, algumas culturas reforçaram essa ideia.
Na Escócia, por exemplo, o dia 29 de fevereiro é visto como um dia de má sorte, quase como uma sexta-feira 13. Na Grécia, há quem evite casar nesse ano, acreditando que o casamento não vai durar.
Por outro lado, na Irlanda, o ano bissexto é ligado à sorte e à prosperidade.
São crenças que variam bastante de lugar para lugar. Mas uma coisa é certa: nenhum ano está livre de tragédias, desafios ou mudanças. Sempre há altos e baixos, independentemente de termos ou não um dia a mais no calendário.
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Um dia extra, uma chance a mais
No fim das contas, o ano bissexto não é um vilão. É só uma forma inteligente de manter o nosso calendário em ordem. O dia 29 de fevereiro pode até parecer estranho, já que só aparece de quatro em quatro anos, mas ele também pode ser visto como um presente: uma chance a mais para viver, refletir, recomeçar.
Aqui no Mundo Igual, gostamos de olhar para tudo com curiosidade e empatia. Afinal, mesmo um simples ajuste no calendário nos mostra o quanto somos ligados aos ciclos da natureza e à história da humanidade.
Que tal aproveitar esse dia extra (quando ele chegar, em 2028) para fazer algo especial? Nem que seja só descansar e respirar fundo.
Porque sorte mesmo é viver com atenção e propósito, em anos bissextos ou não.
