A Páscoa é um dos feriados mais amados do ano, pois marca a chegada da primavera e o início da temporada turística. Pode ser uma festa religiosa, mas uma grande porcentagem de pessoas deseja aproveitar esse período para viajar para o exterior.
A Páscoa na Europa em 2025 é especial, pois católicos e protestantes seguem o calendário gregoriano, enquanto os ortodoxos seguem o juliano para o cálculo da festa. A Páscoa é calculada com base no primeiro domingo após a primeira lua cheia do equinócio da primavera, o que muitas vezes leva a datas de celebração diferentes.
Em 2025, porém, a lua cheia e o equinócio da primavera coincidem de tal forma que os cálculos dos dois calendários resultam na mesma data, permitindo que os cristãos de todas as denominações celebrem a Ressurreição de Cristo no mesmo dia, fortalecendo o conceito de unidade e tradição comum.
A Páscoa, porém, é uma festa tão especial que, por mais semelhanças que observemos em sua celebração, existem outras tantas tradições e costumes diferentes ao redor do mundo que a tornam interessante.
Assim como acontece com outras festas religiosas, a celebração da Páscoa se estende para além da igreja. Desde tempos antigos, essa data é um período de celebração e tem sido associada a muitos costumes tradicionais ao redor do mundo, como guerras de água, a queima de Judas, omeletes gigantes, soltar pipas, etc. Em vários cantos do planeta, é celebrada com muitos e (para dizer o mínimo) peculiares costumes, que não encontramos com frequência e refletem a cultura e as tradições de cada lugar.
Descubra aqui os costumes mais estranhos da Páscoa ao redor do mundo, que o farão questionar a engenhosidade humana.
A pequena cidade de Verges, no nordeste da Espanha, abriga uma dança incomum da… Morte. Na Quinta-feira Santa, muitos moradores vestem fantasias, muitas delas representando esqueletos, e participam da procissão da tradicional “dança da morte”, nas estreitas ruas da cidade medieval.
No final, a procissão termina em uma enorme reunião de esqueletos mascarados segurando caixas cheias de cinzas. A dança começa à meia-noite e continua por três horas, até as três da manhã, quando os fantasmas invocam a Santíssima Trindade.
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Se você estiver na Polônia durante a Páscoa, é bom ter uma toalha, um guarda-chuva ou uma capa de chuva, e certamente roupas para trocar, pois você vai precisar. Na Segunda-feira de Páscoa, ocorre um costume peculiar, chamado Smingus – dyngus, que é praticado desde o século XV. Durante a realização desse costume incomum, os meninos costumam molhar, ou seja, jogar água nas meninas.
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Enquanto o resto do mundo caça ovos de Páscoa e coelhos de chocolate escondidos dentro de casa, em Otago, na Nova Zelândia, os moradores pegam suas armas para a anual “Grande Caça aos Coelhos da Páscoa”.
A ideia central é livrar os campos dos “animais incômodos”, com mais de 500 caçadores competindo pelo cobiçado troféu. O prêmio em dinheiro chega a 2.000 euros, e o “vencedor” é aquele que exterminar o maior número de animais!
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Da produção ao consumo, e também à reciclagem. Na Alemanha, a tradição prevê a queima das árvores de Natal durante o período da Páscoa. Esse costume (ecológico, diria alguém) simboliza a vitória da bela e ensolarada primavera sobre os dias frios e cinzentos do inverno.
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Na cidade de Sulmona, no sul da Itália, membros de uma irmandade de fiéis católicos carregam correndo a estátua da Madonna che Scappa (Nossa Senhora que Corre), uma tradição que dura pelo menos um século.
Essa representação revive o momento em que a Virgem Maria vê pela primeira vez seu filho ressuscitado, após o martírio da crucificação. No ritual tradicional que atrai uma multidão de pessoas, a Virgem Maria, São Pedro e São João Evangelista são os protagonistas. Depois que este último anuncia o milagre da Ressurreição, a “Nossa Senhora que Corre” segue lentamente os dois apóstolos pela rua.
O ritual ao ar livre acontece da Igreja de San Filippo – onde a procissão começa – até a Piazza Garibaldi – onde Nossa Senhora “corre” assim que vê Jesus – e termina no Aqueduto Sueco – onde a estátua de Jesus é colocada em um palco.
O evento “ganha vida” graças às cores, ao silêncio e à explosão final de alegria da multidão participante. E adquire um simbolismo especial através da impressionante troca de roupas da Virgem: assim que “vê” Jesus, graças a um sistema complexo, ela se livra da capa preta de luto e revela um belíssimo vestido verde. Os historiadores não podem dizer com certeza quando o ritual começou, mas alguns dizem que suas raízes remontam à Idade Média.
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Em toda a Suíça, mas especialmente nas pequenas aldeias, os moradores transformam suas fontes em “fontes de Páscoa”. Mais especificamente, pintam as fachadas das fontes e colocam flores para decorá-las. O objetivo é celebrar o simbolismo da água e sua importância para as áreas secas dos Alpes.
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Na cidade de Hungerford, os policiais recém-nomeados chamam todos os homens à prefeitura da cidade, assobiando um sinal característico com seu apito. Dois homens são escolhidos para desfilar pela cidade distribuindo laranjas às senhoras que passam. Em troca, recebem um beijo.
Menos estranho é o costume realizado na cidade de Haux, na França. Na Segunda-feira de Páscoa, os moradores da comunidade quebram mais de 4.500 ovos em uma frigideira gigante para criar a omelete de Páscoa, da qual mais de 1.000 pessoas comem, enquanto se orgulham de fazer a maior omelete do mundo.
O cozimento da omelete gigante acontece na praça central da cidade, e o clima festivo é único. Cada família quebra os ovos em sua casa pela manhã, e então os moradores se reúnem na praça central onde os ovos são cozidos para o almoço.
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Em preparação para a Semana Santa, a cidade de La Antigua, na Guatemala, cobre as ruas com tapetes coloridos para a procissão da Sexta-feira Santa. Os longos tapetes são feitos de flores, serragem colorida, frutas, legumes e areia. Cada tapete é frequentemente coberto com cenas importantes para os artistas que o fazem, que variam da religião às tradições maias e à história da Guatemala.
Na tradição pascal russa, os ovos são muito importantes. Os russos pintam ovos, usando tradicionalmente folhas de cebola. Eles simbolizam a Ressurreição e a nova vida. A troca de ovos é um dos costumes mais populares da Páscoa.
Outra prática menos comum é guardá-los até a próxima Páscoa, uma tradição que, segundo os fiéis, ajuda a proteger a casa de inundações, incêndios e outros desastres naturais.
Na Rússia, a mesa de Páscoa também inclui biscoitos de manteiga em formato de… cordeiro. O costume remonta aos tempos antigos, quando encontrar um cordeiro era considerado um bom presságio.
O tradicional costume de tocar ovos também prevalece na Letônia, com a pequena diferença de que se transforma em um jogo para nervos de aço. Os jogadores amarram os ovos meio cozidos em um fio e os chocam à distância. O vencedor, como você pode imaginar, é aquele que quebra o ovo do oponente, mas o perdedor tem que pagar a conta da lavanderia.
Na Noruega, segue-se um costume realmente incomum durante a Páscoa, chamado Påskekrim. Os canais de televisão exibem programas sobre crimes complexos, e uma série de novos romances policiais com detetives são lançados pouco antes da Páscoa. Pessoas em todo o país fogem para suas casas de campo e passam o fim de semana com os programas de televisão ou os livros de “quem matou?”.
Até as caixas de leite trazem pequenas histórias policiais em suas laterais durante a temporada. Diz-se que esse fenômeno foi causado pela enorme popularidade de um romance policial na Páscoa de 1923.
Na Sexta-feira Santa, no território ultramarino britânico das Bermudas, os moradores soltam pipas coloridas, simbolizando a Ascensão de Cristo ao céu. A história conta que o professor precisava de um símbolo simples, mas duradouro, para ajudar seus alunos a entender a Ascensão. Então, ele fez uma pipa, decorou-a com a imagem de Cristo e a soltou no céu. Desde então, isso é fielmente mantido a cada ano.
Nas Filipinas, na Sexta-feira Santa, fiéis católicos reencenam a crucificação e se autoflagelam em preparação para a Páscoa. Eles acreditam que o costume ajuda na purificação de seus corpos e na expiação dos pecados.
A Igreja Católica Romana não aprova a ideia e tenta desencorajar essa prática, sem muito sucesso, no entanto, pois o costume tem raízes profundas no país.
Na Quinta-feira Santa, na Suécia, as meninas se vestem de påskkärringar, ou seja… bruxas da Páscoa. Elas usam trapos e roupas velhas, pintam seus rostos e, com as tradicionais vassouras na mão, fazem visitas às casas para coletar guloseimas de amigos e vizinhos.
A tradição se baseia em uma antiga lenda que diz que as bruxas costumavam se reunir na pradaria fantástica de Blåkulla pouco antes da Páscoa para fazer planos… com o Diabo.
Sim, você leu certo. O costume mais estranho e bárbaro durante o período da Páscoa, que certamente nos choca e não compartilhamos, encontramos na República Tcheca, na Hungria e na Eslováquia. Na Segunda-feira de Páscoa, os homens e meninos nesses três países são “autorizados” a bater nas mulheres publicamente e sem medo de… sanções. Dessa forma, “honram” um dos costumes europeus mais estranhos, e controversos: a paulada pascal nas mulheres.
Trata-se de um antigo ritual de fertilidade que tem suas raízes na Idade Média. A tradição manda que os homens batam nas mulheres na Segunda-feira de Páscoa com um chicote feito à mão. Depois de molhá-las com bastante água, eles as chicoteiam com chicotes feitos à mão, feitos de salgueiro e decorados com fitas nas pontas.
A pancada é supostamente simbólica e, segundo o mito, as mulheres devem ser açoitadas para manterem sua saúde e beleza no ano seguinte (!) As mulheres os… recompensam com um ovo de Páscoa pintado, enquanto muitas vezes a tradição manda que se vinguem das pancadas jogando água fria nos homens para que tenham boa saúde.
Não há dúvida de que na Grécia você encontrará os costumes pascais mais interessantes, quanto mais na ilha dos Feácios, como é conhecida desde a antiguidade. Corfu é uma ilha no Mar Jônico do Mediterrâneo, onde a cada Páscoa uma multidão de fiéis cristãos se reúne para celebrar um dos costumes mais conhecidos da Europa. Trata-se de um costume que ocorre no Sábado Santo, no coração da bela cidade.
Ao sinal da primeira Ressurreição, às 11 da manhã, os moradores de Corfu jogam enormes potes cheios de água – os “bótides” – de suas varandas. Os “bótides” são os potes de barro com boca estreita e duas alças laterais para transporte. As varandas são decoradas e os moradores amarram fitas vermelhas nos “bótides”, pois o vermelho é a cor de Corfu.
O costume de quebrar os potes na Páscoa em Corfu tem uma longa história que remonta à época da dominação veneziana, mas existem diferentes teorias sobre como começou. E como estamos na Grécia, onde o cristianismo e o dodecateísmo se misturam, as teorias têm suas referências nessas duas religiões.
Alguns dizem que o costume é dos católicos da época veneziana, onde no início do ano os moradores jogavam fora seus pertences velhos para que o novo ano pudesse trazer coisas novas e melhores. Os moradores de Corfu se apropriaram do costume, substituindo, porém, os pertences velhos pelos potes para causar mais barulho.
A segunda teoria se refere ao período dos antigos gregos, que em abril celebravam o início do período agrícola e vegetativo, jogando fora seus potes velhos para encher os novos com os novos frutos. Alguns certamente lhe dirão em Corfu que, qualquer que seja a verdade, os corfiotas gostam de exorcizar o mal com seus potes, marcando também o fim da letargia invernal e o renascimento da Natureza.
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A “Semana Santa” na Espanha é uma das celebrações de Páscoa mais impressionantes do mundo. Em todas as cidades da Andaluzia, os fiéis participam de procissões espetaculares, com estátuas decoradas, música e fogos de artifício.
Trata-se de grandes procissões religiosas, nas quais as irmandades (hermandades) e as confrarias da igreja transportam imagens e estátuas de Cristo e da Virgem Maria, geralmente sobre grandes e impressionantes bases, chamadas “pasos”.
Esses “pasos” são geralmente muito decorados e constituem obras de arte, enquanto as procissões são acompanhadas por hinos religiosos, sons de tambores e saxofones, e outras composições musicais.
Na Semana Santa, os Nazarenos são os fiéis que participam das procissões e vestem vestes características com capuzes (conhecidos como “capirotes”). Essa vestimenta, geralmente branca ou roxa, é usada para mostrar a humildade e a devoção dos participantes, enquanto ao mesmo tempo esconde sua identidade.
Sevilha é uma das cidades mais famosas pela celebração da Semana Santa. As procissões de Sevilha estão entre as mais grandiosas do mundo e impressionam tanto os espanhóis quanto os turistas. As irmandades de Sevilha desfilam do Domingo de Ramos ao Domingo de Páscoa, com os “pasos” mais conhecidos (estátuas de Cristo e da Virgem Maria) percorrendo as ruas da cidade.
Na Itália, a Páscoa é celebrada com grande magnificência, mas o costume mais impressionante é o “Scoppio del Carro” em Florença. Essa tradição, que remonta ao século XI, inclui o acendimento de um carro alegórico com fogos de artifício, que visa garantir uma boa colheita para a região. Além disso, a Ressurreição Pascal em Roma é imponente com os rituais religiosos oficiais em São Pedro.
Florença é a capital da Toscana e uma das cidades mais belas da Itália. É escolhida principalmente como um destino romântico, mas uma viagem a Florença é uma excelente opção para as férias de Páscoa.
A cidade é uma obra-prima da arquitetura renascentista com um grande número de atrações. Visite a Galleria degli Uffizi, a Catedral Duomo di Firenze, caminhe pela Ponte Vecchio, explore a Galleria dell’Accademia que abriga a estátua de Davi de Michelangelo, veja os Jardins Boboli e o Palazzo Pitti e faça um tour pelo Batistério de São João.
Florença abriga muitos estudantes, o que confere à cidade um caráter vibrante acompanhado de uma vida noturna agitada, com bares, cafés e restaurantes. Escolha ficar perto da Piazza della Signoria e da Piazza del Duomo, pois são as áreas mais centrais perto das atrações.
A Ilha de Páscoa está localizada no Oceano Pacífico e pertence ao Chile. Seu nome deriva da data de sua descoberta pelo explorador holandês Jacob Roggeveen no Domingo de Páscoa, 5 de abril de 1722. Por esse motivo, os europeus chamaram a ilha de “Ilha de Páscoa” ou Easter Island em inglês.
Na Ilha de Páscoa (Rapa Nui), a Páscoa tem uma atmosfera única, pois se combina com a cultura local dos polinésios. Lá, as celebrações incluem apresentações de danças e canções tradicionais ligadas aos costumes e à fé religiosa da ilha. Além disso, as tradições e os costumes em torno dos monumentos Moai, as famosas estátuas da ilha, desempenham um papel importante nas cerimônias de Páscoa.
Embora a ilha não tenha uma relação direta com a festa cristã da Páscoa, existe uma interessante conexão cultural e histórica, principalmente devido à influência cristã exercida pelos colonizadores e missionários europeus na região.
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